O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que a equipe econômica defende o acionamento do estado de calamidade pública para custear despesas relacionadas à Covid-19. A calamidade, se acionada, permitiria que o governo gastasse fora das regras fiscais vigentes, numa espécie de Orçamento paralelo, como aconteceu no ano passado. A decretação fica a cargo do Congresso Nacional, a pedido do presidente da República.
Para o ministro, acionar o estado de calamidade neste ano seria dar "um cheque em branco" para a gastança, sem contrapartida, pois os salários dos servidores públicos já estão congelados até o fim do ano nas três esferas (União, estados e municípios). Foi a contrapartida exigida no ano passado.
"Em vez de ser um sinal de estabilidade, seria o contrário", disse nesta quarta-feira (5) durante evento virtual "XP Spring Meetings", promovido pela XP Investimentos. "Não interessa cheque em branco agora", completou, afirmando que a decretação desorganizaria a economia.